Português


Interpretação Textual

Leia o texto com atenção:

O Lago dos Monstros
Era uma vez, numa aldeiazinha perto de Bruxelas, que se chamava Tervuren, um grande parque, e no meio do parque havia um bosque gigantesco; e nesse bosque, havia um lago escuro e tenebroso no qual vivia um monstro, que se chamava Monsta.
Monsta tinha comido todos os monstros que viviam no lago e todas as crianças que se aproximam à beira do lago e por isso tinha uma barriga enorme e redonda; era tão grande que, quando o monstro se mexia, a arrastava pelo chão e, para mexer-se melhor, tinha que agarrar-se aos ramos das árvores que rodeavam o lago, e todas estavam meio caídas e quase à altura da água.
Monsta, o monstro, estava faminto, tinha fome; já não havia nada para comer; tinha comido todos os monstros, e as crianças já não se aproximavam da margem do lago porque tinham medo.
Até que um dia, perto do lago, havia um grupo de crianças jogando futebol e um menino pequenino deu um pontapé na bola que foi parar perto de uma esquina do lago. Monsta, que cada dia tinha mais fome, viu essa coisa redonda, perto da esquina do lago, e pensou: podia comê-la. Assim, foi até à esquina, arrastando a sua barriga e agarrando-se aos ramos das árvores e, de uma vez, engoliu a bola.
Então, monstros e crianças que estavam no interior do intestino, começaram a jogar uma partida de futebol entre eles, e um monstro deu um chute na bola, ela explodiu. Todo o ar que a bola saiu e começou a inchar e intestino até que ela também explodiu. Então todos os monstros saíram do intestino e todas as crianças correram para suas casas para contar aos pais tudo o que tinha acontecido.   
O estômago de Monsta  já não era grande e redondo e não tocam o chão, pois ele estava magro. Monsta podia andar e também tinha amigos.
Havia mais monstros no lago e poderia brincar com eles. Monsta pensou em não vou comer mais monstros e mais crianças.      
E a partir daquele momento, Monsta só comia os frutos da  árvores perto do lago.      
E quando as crianças se aproximaram da costa, Monsta deu-lhes um passeio do lago em sua cauda enorme.
E todos foram felizes para sempre, comeram as frutas das árvores e vitória, vitória, acabou-se a história.

Lago dos monstros do conto
Imagem do lago
1. Responda as questões no caderno:

a. Em que lugar se passa a história? Desenhe um pequeno mapa no caderno para situar o lago na referida aldeia.
b. Como você imagina que esse monstro da história seja?
c. Que outros monstros você imagina que Monsta comia?
d. Você conhece algum lago? Como ele é?
 2. Os contos de suspense possuem palavras que sugerem mistério, medo, surpresa e outros sentimentos e sensações. Reescreva o texto em seu caderno, substituindo os espaços pelos advérbios ou locuções abaixo para expressar um clima de suspense. 
Era ......................, vinha caminhando para casa, .................................., chovia uma garoa fina e gelada. ...................................., olhei para o lado esquerdo e vi ..................., algo me pareceu uma trouxa de roupa, um saco de lixo. ......................, ...................., ........................................, fui me aproximando ..................................., para não ser surpreendido. 
E se fosse um bicho estranho que .................................. avançasse sobre mim?
perto da praça vazia- repentinamente - lentamente - sem fazer barulho - sorrateiramente- junto a um orelhão- rente às paredes dos prédios- muito tarde- sem pressa

3. Escreva uma narrativa de suspense contendo, no mínimo, 20 linhas, lembrando que uma narrativa deve elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas essenciais:

O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? - a personagem ou personagens;
COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência
QUANDO? - o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? - a causa do acontecimento 

A estrutura de um conto pode ser a seguinte:
Uma situação inicial onde se expõe o assunto, o lugar ou a ação que vai acontecer. A complicação ou o problema que vai se apresentando gradativamente. O clímax, que é a complicação elevada ao máximo de suspense. E o desfecho, que soluciona ou tenta solucionar o problema.
Escreva no caderno. A professora irá recolher em data a combinar com a turma.
Obs.: Todos devem escrever, mesmo os alunos da sexta C que escreveram texto semelhante, proposto em aula anterior.



Atividades de Ortografia

1 – O texto abaixo apresenta algumas palavras incompletas. Copie o texto em seu caderno, completando as palavras com as letras corretas.


22Babá por uma noite


Não tor☺am o nari☺! Pode bem aconte☺er que seus pais se au☺entem, dei☺ando-o tomar conta do irmão☺inho ca☺ula. Você ☺aberia como a☺ir? Não duvidamos, pois ☺ertamente os seus pais fi☺eram-lhe todas as advertên☺ias  ne☺essárias… por e☺emplo:

1º – preste aten☺ão para que o pera☺tinha não che☺☺e  perto dos fogões e a☺☺e☺dores  a  gá☺ e que não bri☺que  com fósfo☺os;

2º – não o dei☺e  colocar pequenos objetos na boca, como botões, moedas, dedais, etc;

3º – não dei☺e  ao  alcan☺e  de sua mão frascos de  co☺primidos  etc., ne☺  ga☺☺afas;

4º – não o dei☺e  me☺er  em  i☺te☺☺uptores  de  lu☺ ou tomadas elétricas;

5º – se qui☺er distraí-lo recortando figu☺as,  fa☺a-o com  te☺ouras de po☺tas  a☺☺edondadas;

6ª – e☺tretenha-o  co☺tando  ☺istorinhas  de fadas… nem que você tenha de inventar!

☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺


2 – Retire do texto palavras com as seguintes letras e escreva-as no seu caderno:

a – com C antes de E ou I:

b – com C antes de A, O ou U:

c – com G antes de E ou I:

d – com G antes de A, O ou U:

e – com L no início de sílaba ou palavra:

f – com L no final de sílaba ou de palavra:

g – com S com som de Z:

h – com S no início de palavra:

i – com S no meio de palavra e seguido de consoante:

j – com Z no meio de palavra e entre vogais:

l – com Z no final de palavra:

3. Copie a lista de palavras abaixo:
1ª                                      2ª

enxada                             fechadura
engraxate                        
cochichar
enxergar                          
chumaço
caxumba                        
chocalho
enxugar                           
guincho
embaixo                         
chiar 
3ª                                    4ª
puxar                              
encharcar
xingar                             
chave
peixada                         
enchente
xereta                            
encher
graxa                             
cheio 
lixo                                chinelo  

4) Separe as sílabas das palavras da primeira e segunda colunas, circule a tônica - sílaba mais forte - e classifique quanto à tonicidade: oxítona, paroxítona, proparoxítona.

5) Escreva o significado de três palavras da 3ª coluna.

6 Escolha 3 palavras da 4ª coluna e faça frases.

6) Complete com ch ou X: (Consulte o dicionário se necessário.)

en____arcado    _____oque     ____umbo     _____ute    en____imento     bai____ria

en____ame    ____erife     rou____inol    ma____i____e    me___endo     ____aleira

galo____a      ____odó     cro____ê      ____icote     pi____e       _____inelo


5) Complete as frases com as palavras abaixo:

faxina - churrasco - lixo - caixote - engraxate - chácara - chumaço - chá caxumba - chaleira - chuva - encharca
a) No domingo, iremos a um ______________ na ______________ .
b) Preciso fazer uma _____________ no __________________ .
c) Jogue o ______________ de algodão no _______________ .
d) A ______________ ferve água para o _______________ .
e) O ______________ está com ___________________ .
f) A ____________ ________________ as roupas no varal.

6) Pesquise e escreva mais 8 palavras com X e 8 com CH.



Leia o poema e responda às questões no caderno


Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector


     1)    Relacione o título do poema como conteúdo temático presente no texto. Qual é a relação de sentido que você identifica? 
2)     Na quarta estrofe a autora indica uma “receita” para fazer a vida melhor. Quais são os ingredientes recomendados e em que consistem esses ingredientes? o ênfase no poema. Que sentimento é esse? 
3)     Releia a seguinte estrofe:
“A felicidade aparece para aqueles que choram.Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas."
Explique o seu sentido:


4) Pesquise a vida da autora Clarice Lispector, na internet, e escreva em seu caderno. 
5) Pesquise um outro poema da autora ou de outro autor, na internet, e escreva-o em seu caderno.



Pesquisa sobre a sua profissão de interesse:

Pesquise informações sobre a profissão que você pretende seguir. Descubra os passos que você deve seguir para atuar na profissão escolhida. Investigue também quanto ganha um profissional desta área. Enfim, veja se é isso mesmo que você quer ou se a sua escolha pode ser reavaliada de acordo com os dados que obteve.

Entregue numa folha manuscrita até o dia 23/06/11.
Enquete: Planos para o futuro
Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila São Jorge
Componente Curricular: Língua Portuguesa
Professora Vera Rodrigues de Oliveira
1. Nome: ________________________________________ Turma: ______
Data da postagem: ___/ ___/ _____
2. Data de nascimento: ___/ ___/ ______
3. Que importância você vê na educação, ou seja, em que você acha que o ensino pode lhe favorecer?
4. Você se considera um aluno responsável em relação aos seus compromissos escolares? Justifique:
5. O que você considera importante para tornar-se uma pessoa bem sucedida emocional e materialmente?
6. Você acha que cada um é responsável pela sua vida ou você acredita que nem tudo é controlável pelo indivíduo? Justifique:
7. Qual profissão você gostaria de seguir? Justifique sua escolha:
8. Que ações você precisa realizar para atuar nesta profissão?
9. Como você se vê aos 30 anos? O que estará fazendo e que pessoas farão parte do seu mundo?


Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila São Jorge
Projeto Conhecimento Digital Professora Vera Rodrigues
Aluno: _____________________________ Turma: _________



A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.
- Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
(Stanislaw Ponte Preta)


Interpretação do texto

1) O que a velhinha carregava dentro do saco, para despistar o guarda?

2) O que o autor quis dizer com a expressão “tudo malandro velho”?

3) Leia novamente o 4º parágrafo do texto e responda:
Quando o narrador citou os dentes que “ela adquirira no odontólogo”, a que tipo de dentes ele se referia?
4) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.

5) Quando a velhinha decidiu contar a verdade?

6) Qual é a grande surpresa da história?

7) Numere corretamente as frases abaixo, observando a ordem dos acontecimentos.
( ) O fiscal verificou que só havia areia dentro do saco.
( ) O pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.
( ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era contrabando de lambretas.
( ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa lambreta, com um saco no bagageiro.
( ) Mas, desconfiado, o fiscal passou a revistar a velhinha todos os dias.
( ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
( ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas pediu à velhinha que lhe dissesse qual era o contrabando que fazia.
8) Escreva um texto contando uma história que tenha como personagem principal, uma pessoa idosa. Pode ser uma história que você tenha presenciado ou escutado ou que você invente. Dê um título criativo.

Interpretação Textual:

O Primeiro pêlo

Elias, aquele pedacinho de gente, com a cara mais atrevida deste mundo, plantou-se diante do pai, que lia o jornal.
- Pai, eu já sou um homem!
Como o pai não desse sinal de ter ouvido, repetiu:
- Pai, eu já sou um homem!
- Você sempre foi, meu filho. Desde que nasceu – respondeu, afinal o pai.
- Isso eu sei. Quero dizer, agora já sou grande.
- Não me parece que você tenha crescido muito de ontem para hoje ... – disse o pai, olhando o garoto de alto a baixo.
- É que eu sou ... eu sou ...
- Já sei. Você quer dizer que se tornou adulto.
- É, é isso mesmo.
- E por que o senhor meu filho acha que se tornou adulto de ontem para hoje?
- O senhor está vendo aqui? – E apontava um pontinho preto no queixo. – Está vendo?
- Não vejo nada. Venha mais perto. Ahnn! Será que estou vendo um pelinho aí?
- É o meu fio de barba, pai. Eu já sou um homem.
- Ora, meu filho! É apenas um fio, e um fio não faz uma barba toda. Aliás, lembra-se de sua avó, minha mãe? A vovó tinha uma verruguinha no queixo e três fios de barba. Veja bem: três fios. Nem por isso ela dizia que era homem!
- Mas eu já sou um adul... Isso que o senhor disse. Por isso, preciso de aumento de mesada, quero chegar tarde em casa e levar a chave da porta.
- É uma pena, é uma pena ... lamentou o pai, balançando a cabeça.
- Pena porque ia dar-lhe um presente agora que você completa doze anos. Mas ... Preciso mudar de presente.
- Mudar, pai?
- Claro, quando você era menino, ia ganhar uma bicicleta dessas que você sempre quis. Mas, sendo um homem, vou dar a você um aparelho de barba.
O garoto apoiou-se num pé, depois no outro, profundamente pensativo. Ah! Ia perder aquela sonhada bicicleta! Resolveu:
- Pai, vamos fazer uma coisa. Eu deixo pra ficar homem mais tarde e o senhor me dá a bicicleta, certo?
- Certo – concordou o pai. – E peça à sua mãe para tirar esse pelinho daí com uma pinça. Não fica bem um menino com barba de homem.

Mário Donato

1. Exploração do texto – Você deverá copiar as perguntas em seu caderno e respondê-las. Capriche.

1) O texto conta uma conversa entre duas pessoas. Quais são elas?

2) Para afirmar que já é um homem, Elias dirige-se ao pai com segurança, com humildade ou com medo? Justifique com citações do texto.

3) Ao responder que o filho era homem desde que nasceu, o pai referia-se ao aspecto físico, psicológico ou social?

4) Por que Elias achava que já era adulto?

5) O fato de ser adulto, segundo Elias, dava-lhe alguns direitos. Quais?

6) Por que Elias resolveu “deixar para ficar homem mais tarde”?

2. Extrapolação do texto

1) Elias achava que já era adulto porque tinha nascido um pelinho de barba. E para você, o que é ser adulto?

2) O que você pensa do procedimento de Elias? Você concorda? Se você fosse Elias, teria agido do mesmo jeito?

3) O que você pensa dos adultos? O que eles fazem que lhe agrada? O que eles fazem que não lhe agrada?

4) Você tem vontade de ser adulto? Por quê?


A onça

Dos moradores do sítio de Dona Benta, o mais andejo era o Marquês de Rabicó. Conhecia todas as florestas, inclusive o capoeirão dos taquaruçus, mato muito cerrado onde Dona Benta não deixava que os meninos fossem passear. Certo dia em que Rabicó se aventurou nesse mato em procura das orelhas-de-pau que crescem nos troncos podres, parece que as coisas não lhe correram muito bem, pois voltou na volata.
- Que aconteceu? – perguntou Pedrinho, ao vê-lo chegar todo arrepiado e com os olhos cheio de susto. – Está com cara de marquês que viu onça...
- Não vi, mas quase vi! – respondeu Rabicó , tomando fôlego. – Ouvi um miado esquisito ainda. Não conheço onça, que dizem ser um gatão assim do tamanho dum bezerro. Ora, o miado que ouvi era de gato, mas mais forte, e os rastos também eram de gato, mas muito maiores. Logo, era onça.
Pedrinho refletiu sobre o caso a achou que bem podia ser verdade. Correu em procura de Narizinho.
- Sabe? Rabicó descobriu que anda uma onça no capoeirão dos taquaruçus!...
- Uma onça? Não me diga! Vou avisar vovó...
- Não caia nessa – advertiu o menino. – Medrosa como ela é, vovó morre de medo ou trata de nos levar hoje mesmo para a cidade. Muito melhor ficarmos quietos e caçarmos a onça.
A menina arregalou os olhos.
- Está louco, Pedrinho? Não sabe que onça é um bicho feroz que come gente?
- Sei, sim, como também sei que gente mata onça.
Monteiro Lobato, As caçadas de Pedrinho

1. Onde Dona Benta não deixava os meninos passearem?
_____________________________________________________________________

2. O Marquês de Rabicó “conhecia todas as florestas, inclusive o capoeirão do taquaruçus...”
Copie o item que melhor explica o que o trecho acima prova sobre o Marquês de Rabicó:
  1. Morava no sítio de Dona Benta;
  2. Gostava de mato cerrado;
  3. Andava por todos os lugares.
_____________________________________________________________________
3. Como Rabicó chegou no capoeirão dos taquaruçus?
____________________________________________________________________
4. Copie as frases, substituindo a palavra destacada pela palavra que melhor indica seu significado:
a) O Marquês de Rabicó era o mais andejo.

INTELIGENTE ESPERTO CAMINHADOR

b) Rabicó voltou na volata.

COM CALMA COM PRESSA COM AGITAÇÃO
___________________________________________________________________
5. Rabicó viu a onça? _________________________________________________
6. Explique a fala do Marquês de Rabicó: “Não vi, mas quase vi”.
___________________________________________________________________

7. Escreva o nome da personagem que fala:
a) ___________: “- Uma onça? Não me diga! Vou avisar vovó...”
b) ___________: “- Não vi, mas quase vi!”
c) ___________: “- Muito melhor ficarmos quietos e caçarmos a onça”.
d) ___________: “- Sei, sim, como também sei que gente mata onça.”

8. Por que Pedrinho não deixou Narizinho avisar Dona Benta que havia uma onça no capoeirão dos taquaruçus? _____________________________________________________________________
9. Copie do texto o trecho que demonstra:
a) que Narizinho ficou com medo da onça; _____________________________________

b) a coragem de Pedrinho.__________________________________
______________________________________________________
10. Se você fosse Pedrinho e não concordasse com o Rabicó que havia onça no capoeirão dos taquaruçus, quais argumentos usaria para mostrar que a conclusão de Rabicó era falsa? 
________________________________________________________

11. Narizinho queria avisar a vovó, Pedrinho queria caçar a onça. Na sua opinião quem estava certo? Por quê? __________________________

12. Pesquise e responda:
a) Quais são as semelhanças entre um gato e uma onça? ___________
_______________________________________________________

b) Quais são as diferenças entre um gato e uma onça? ____________
_______________________________________________________

CRIAR UM TEXTO

Você Pedrinho e decidiu caçar a onça.
Conte o que aconteceu.

Preparação: Pense o que você fez:
  1. Preparativos para a caçada;
  2. Entrada na mata;
  3. A espera da onça;
  4. O encontro (como foi? O que você viu? Como era? O que sentiu? Em que pensou? O que falou? O que você fez?...)
  5. A volta para casa.


1. Nas orações abaixo, escreva o sujeito quando houver e o predicado:
a) Não gastamos dinheiro em coisas supérfluas.
Sujeito: __________________________________ Classificação: Sujeito ___________________
Predicado: _______________________________
b) Contaram me um fato espantoso.
Sujeito: ________________________________ Classificação: Sujeito _____________________
Predicado: ________________________________________
c) O gato de pêlo branco dormiu no telhado.
Sujeito: _____________________________
d) Despreocupadas, as pessoas passeavam.
e) Chegou atrasado no ginásio o ônibus escolar.
f) Viver é bom.
g) ”Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
h) Alugam se chalés nesta praia, para o período de férias.
i) Não concordo com você.


2) Classifique os sujeitos em simples ou compostos.Cuidado, o sujeito pode estar em ordem indireta!!!
a. Eu fiz o teste. ___________________________________________________________________
b. As doenças e as guerras ceifam milhares de vidas. ______________________________________
c. Agora só buscas as praias ardentes. (José de Alencar) ___________________________________
d. Pedro, eu passei no vestibular!!!! _____________________________________________________
e. Devido às fortes chuvas, os rios estavam cheios. ________________________________________
f. Também são meios de comunicação cartazes, filmes e fotografias. ___________________________




11) Reconheça os sujeitos.
(SIMPLES/COMPOSTO/ INDETERMINADO/OCULTO)

A) O médico trancou-se no consultório. ________________________________________
B) Aqui se assiste a bons filmes. _____________________________________________
C) Viajarei amanhã. _______________________________________________________
D) Apagaram o quadro. ____________________________________________________
E) Jornais e revistas publicaram o aniversário do CMPA. __________________________
7. Das frases abaixo, sublinhe o núcleo do sujeito, determinando lhe a classe gramatical:
a) Era grande a alegria da criançada diante da notícia do passeio.
b) Sorriu o filho, nós também sorrimos, e tudo acabou em pura galhofa.

c) Fernanda estava serena e risonha.
d) Os dois foram aprovados no vestibular.
e) Quem ama o raro e o difícil?
f) Eles gostam das flores do campo.

g) Esta ficou espantada, sem palavras.


8. Preencha os parênteses, sendo: ( 1 ) predicado verbal; (2) predicado nominal; (3) predicado verbo nominal.
( ) 0 mau aluno está sempre desatento.
( ) A criança adoentada está em minha casa.
( ) A canoa virou de repente.
( ) Os desordeiros viraram a mesa enfurecidos.
( ) A lagarta virou borboleta.
( ) Considerei apenas o estilo.
( ) Todos o consideravam capaz de tamanho empreendimento.
( ) Andaram de carro por toda a Europa.
( ) Andavam preocupados com a notícia.
( ) Andavam pela cidade temerosos.
10. Indique se o predicado destas orações é (1) nominal; (2) verbal; (3) verbo-nominal, sublinhando o seu núcleo ou núcleos:
( ) São frias as noites de junho.
( ) Elegeram no representante da turma.
( ) A garotada corria no pátio da escola.
( ) Os trabalhadores chegaram da obra cansados.
( ) Durante os jogos do campeonato, as torcidas andaram entusiasma
( ) Apesar das promessas, a exposição não foi inaugurada.

11. Distinga, nas seguintes orações, ( 1 ) os verbos de ligação; 2 ) verbos significativos:
( ) A vida tornou se difícil para ele.
( ) 0 empregado tornou à casa do patrão.
( ) Os foliões da Mangueira estão nas ruas.
( ) Os pescadores estão preocupados com o tempo.
( ) 0 peão inexperiente caiu do cavalo.
( ) A professora caiu doente.

f) A cerca impediu a fuga do gado.
19. Sublinhe e classifique os predicativos nas seguintes frases:
  1. Os velhos do asilo olhavam a rua tristes.
  1. O boato é um vício detestável.
  1. Eles o consideravam homem de bem.
  1. A verdade é que nunca mentimos.
  1. Sempre lhe chamavam de ingrato.
  1. Elegeram- no representante da turma.
1. Nas orações abaixo, escreva o sujeito quando houver e o pre dicado:
a) Não gastamos dinheiro em coisas supérfluas.
Sujeito: __________________________________ Classificação: Sujeito ___________________
Predicado: _______________________________
b) Contaram me um fato espantoso.
Sujeito: ________________________________ Classificação: Sujeito _____________________
Predicado: ________________________________________
c) O gato de pêlo branco dormiu no telhado.
Sujeito: _____________________________
d) Despreocupadas, as pessoas passeavam.
e) Chegou atrasado no ginásio o ônibus escolar.
f) Viver é bom.
g) ”Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)

h) Alugam se chalés nesta praia, para o período de férias.
i) Não concordo com você.


2) Classifique os sujeitos em simples ou compostos.Cuidado, o sujeito pode estar em ordem indireta!!!
a. Eu fiz o teste. ___________________________________________________________________
b. As doenças e as guerras ceifam milhares de vidas. ______________________________________
c. Agora só buscas as praias ardentes. (José de Alencar) ___________________________________
d. Pedro, eu passei no vestibular!!!! _____________________________________________________
e. Devido às fortes chuvas, os rios estavam cheios. ________________________________________
f. Também são meios de comunicação cartazes, filmes e fotografias. ___________________________

11) Reconheça os sujeitos.
(SIMPLES/COMPOSTO/ INDETERMINADO/OCULTO)

A) O médico trancou-se no consultório. ________________________________________
B) Aqui se assiste a bons filmes. _____________________________________________
C) Viajarei amanhã. _______________________________________________________
D) Apagaram o quadro. ____________________________________________________
E) Jornais e revistas publicaram o aniversário do CMPA. __________________________
7. Das frases abaixo, sublinhe o núcleo do sujeito, determinando lhe a classe gramatical:
a) Era grande a alegria da criançada diante da notícia do passeio.
b) Sorriu o filho, nós também sorrimos, e tudo acabou em pura galhofa.

c) Fernanda estava serena e risonha.
d) Os dois foram aprovados no vestibular.
e) Quem ama o raro e o difícil?
f) Eles gostam das flores do campo.

g) Esta ficou espantada, sem palavras.


8. Preencha os parênteses, sendo: ( 1 ) predicado verbal; (2) predicado nominal; (3) predicado verbo nominal.
( ) 0 mau aluno está sempre desatento.
( ) A criança adoentada está em minha casa.
( ) A canoa virou de repente.
( ) Os desordeiros viraram a mesa enfurecidos.
( ) A lagarta virou borboleta.
( ) Considerei apenas o estilo.
( ) Todos o consideravam capaz de tamanho empreendimento.
( ) Andaram de carro por toda a Europa.
( ) Andavam preocupados com a notícia.
( ) Andavam pela cidade temerosos.
10. Indique se o predicado destas orações é (1) nominal; (2) verbal; (3) verbo-nominal, sublinhando o seu núcleo ou núcleos:
( ) São frias as noites de junho.
( ) Elegeram no representante da turma.
( ) A garotada corria no pátio da escola.
( ) Os trabalhadores chegaram da obra cansados.
( ) Durante os jogos do campeonato, as torcidas andaram entusiasma
( ) Apesar das promessas, a exposição não foi inaugurada.

11. Distinga, nas seguintes orações, ( 1 ) os verbos de ligação; 2 ) verbos significativos:
( ) A vida tornou se difícil para ele.
( ) 0 empregado tornou à casa do patrão.
( ) Os foliões da Mangueira estão nas ruas.
( ) Os pescadores estão preocupados com o tempo.
( ) 0 peão inexperiente caiu do cavalo.
( ) A professora caiu doente.

f) A cerca impediu a fuga do gado.
19. Sublinhe e classifique os predicativos nas seguintes frases:
  1. Os velhos do asilo olhavam a rua tristes.
  1. O boato é um vício detestável.
  1. Eles o consideravam homem de bem.
  1. A verdade é que nunca mentimos.
  1. Sempre lhe chamavam de ingrato.
  1. Elegeram no representante da turma.
1. Nas orações abaixo, escreva o sujeito quando houver e o pre dicado:
a) Não gastamos dinheiro em coisas supérfluas.
Sujeito: __________________________________ Classificação: Sujeito ___________________
Predicado: _______________________________
b) Contaram me um fato espantoso.
Sujeito: ________________________________ Classificação: Sujeito _____________________
Predicado: ________________________________________
c) O gato de pêlo branco dormiu no telhado.
Sujeito: _____________________________
d) Despreocupadas, as pessoas passeavam.
e) Chegou atrasado no ginásio o ônibus escolar.
f) Viver é bom.
g) ”Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
h) Alugam se chalés nesta praia, para o período de férias.
i) Não concordo com você.


2) Classifique os sujeitos em simples ou compostos.Cuidado, o sujeito pode estar em ordem indireta!!!
a. Eu fiz o teste. ___________________________________________________________________
b. As doenças e as guerras ceifam milhares de vidas. ______________________________________
c. Agora só buscas as praias ardentes. (José de Alencar) ___________________________________
d. Pedro, eu passei no vestibular!!!! _____________________________________________________
e. Devido às fortes chuvas, os rios estavam cheios. ________________________________________
f. Também são meios de comunicação cartazes, filmes e fotografias. ___________________________
11) Reconheça os sujeitos.
(SIMPLES/COMPOSTO/ INDETERMINADO/OCULTO)

A) O médico trancou-se no consultório. ________________________________________
B) Aqui se assiste a bons filmes. _____________________________________________
C) Viajarei amanhã. _______________________________________________________
D) Apagaram o quadro. ____________________________________________________
E) Jornais e revistas publicaram o aniversário do CMPA. __________________________
7. Das frases abaixo, sublinhe o núcleo do sujeito, determinando lhe a classe gramatical:
a) Era grande a alegria da criançada diante da notícia do passeio.
b) Sorriu o filho, nós também sorrimos, e tudo acabou em pura galhofa.
c) Fernanda estava serena e risonha.
d) Os dois foram aprovados no vestibular.
e) Quem ama o raro e o difícil?
f) Eles gostam das flores do campo.
g) Esta ficou espantada, sem palavras.


8. Preencha os parênteses, sendo: ( 1 ) predicado verbal; (2) predicado nominal; (3) predicado verbo nominal.
( ) 0 mau aluno está sempre desatento.
( ) A criança adoentada está em minha casa.
( ) A canoa virou de repente.
( ) Os desordeiros viraram a mesa enfurecidos.
( ) A lagarta virou borboleta.
( ) Considerei apenas o estilo.
( ) Todos o consideravam capaz de tamanho empreendimento.
( ) Andaram de carro por toda a Europa.
( ) Andavam preocupados com a notícia.
( ) Andavam pela cidade temerosos.

10. Indique se o predicado destas orações é (1) nominal; (2) verbal; (3) verbo-nominal, sublinhando o seu núcleo ou núcleos:
( ) São frias as noites de junho.
( ) Elegeram no representante da turma.
( ) A garotada corria no pátio da escola.
( ) Os trabalhadores chegaram da obra cansados.
( ) Durante os jogos do campeonato, as torcidas andaram entusiasma
( ) Apesar das promessas, a exposição não foi inaugurada.

11. Distinga, nas seguintes orações, ( 1 ) os verbos de ligação; 2 ) verbos significativos:
( ) A vida tornou se difícil para ele.
( ) 0 empregado tornou à casa do patrão.
( ) Os foliões da Mangueira estão nas ruas.
( ) Os pescadores estão preocupados com o tempo.
( ) 0 peão inexperiente caiu do cavalo.
( ) A professora caiu doente.

f) A cerca impediu a fuga do gado.
19. Sublinhe e classifique os predicativos nas seguintes frases:
  1. Os velhos do asilo olhavam a rua tristes.
  1. O boato é um vício detestável.
  1. Eles o consideravam homem de bem.
  1. A verdade é que nunca mentimos.
  1. Sempre lhe chamavam de ingrato.
  1. Elegeram no representante da turma.
Narrativa de Enigma
O que é uma narrativa de enigma?
Trata-se de uma narrativa centrada em um enigma, geralmente um crime de difícil solução. Para a construção da história, são necessárias: uma vítima; alguém que solicita a investigação; um investigador ou um detetive; suspeito(s) e um culpado, que será desmascarado.
O autor, durante a elaboração da narrativa de enigmas, vai espalhando pistas falsas e verdadeiras, que o leitor deve tentar resolver como se fosse o detetive. Para isso, precisa estar atento a todos os indícios e pistas deixadas pelo autor, procurando acompanhar o raciocínio do detetive.
Fonte de pesquisa: Bernard Schneuwly, Joaquim Dolz e colaboradores.
Gêneros orais e escritos na escola. Campinas (SP) Mercado das Letras,
2004.
A lenda dos Baskerville
Segundo uma lenda contada pelos moradores de Devonshire, a família Baskerville é perseguida há séculos por um cão demoníaco, devido aos crimes de seu ancestral, o cruel Hugo Baskerville. Qualquer pessoa mais lúcida pensaria tratar-se apenas de um conto de terror, até sir Charles Baskerville ser encontrado morto e haver, ao lado de seu corpo, pegadas de um cão gigantesco! Quando Henry, o único herdeiro de sir Charles, passa a receber ameaças, decide recorrer a Sherlock Holmes. O detetive e seu fiel amigo, o Dr. Watson, enfrentam então o seu caso mais difícil.
Fonte de pesquisa: WWW.rederpg.com.br

Arthur Conan Doyle nasceu na Escócia em 1859 e faleceu na Inglaterra em 1930. Escritor de numerosos romances policiais de sucesso formou-se em Medicina, profissão que exerceu até o inicio da carreira de escritor.
Em seu primeiro livro, Um estudo em vermelho, publicado em 1887, ele cria um dos personagens mais famosos da literatura, o detetive Sherlock Holmes. Este, com a ajuda do inseparável Dr. Watson, desvendam os crimes mais misteriosos, valendo-se de suas deduções infalíveis. Numa certa época de sua carreira, Doyle mata Sherlock Holmes em O problema final, na tentativa de escrever histórias de outros tipos. Resultado: não só não obteve sucesso, como foi obrigado a ressuscitá-lo em O cão dos Baskerville, por exigência dos próprios leitores, indignados com o desaparecimento do detetive.

O texto que você vai ler agora é um fragmento do livro O cão dos Baskerville, do escritor inglês Arthur Conan Doyle. Neste trecho, Sherlock Holmes, seu amigo inseparável Watson e o detetive Lestrade preparam uma armadilha para descobrir quem está ameaçando a vida de sir Henry, o herdeiro do solar e da fortuna dos Baskerville. Antes de ler o texto, porem, faça algumas previsões, respondendo ás questões a seguir.

1. Com base nessa explicação e no título do livro, estabeleça hipóteses.
a) Que tipo de texto você vai ler? 
_________________________________________________________
b) Que tipo de situação o detetive Sherlock Holmes e seu amigo fiel, o Dr. Watson, poderão enfrentar? 
_________________________________________________________
2. Leia o texto e, no final da leitura, verifique se suas hipóteses foram confirmadas.

O cão dos Baskerville
[...]
- Silêncio... – fez Holmes, e ouvi o estalido seco de uma pistola sendo engatilhada. – Cuidado! Lá vem ele!
De algum ponto do meio daquele banco móvel de neblina ouvindo elevar-se um tropel contínuo, bem definido, tênue. A nuvem estava a cinquenta do ponto onde nos encontrávamos e os três tinham os olhos fixos nela, indecisos quanto a que tipo de horror veríamos surgir lá de dentro. Posicionado ao lado de Holmes, lancei um olhar rápido para seu rosto. Estava pálido e exultante e seus olhos brilhavam intensamente ao luar. De repente, contudo, sua expressão se imobilizou num olhar rígido, vidrado e seus lábios se separaram num momento de incredulidade. No mesmo instante Lestrade deu um grito de pânico e se jogou no solo de bruços. Levantei de um salto com a mão inerte empunhando a pistola e a mente paralisada pela figura medonha que surgia das sombras do nevoeiro e avançava em nossa direção. Era de fato um cão, um cão enorme, negro com piche, só que cão como aqueles olhos humanos jamais tinham visto. De sua boca aberta jorrava fogo, seus olhos cintilavam num clarão de brasa viva e seu focinho, seu pescoço e seus pêlos de sua nuca delineavam-se á luz trêmula de uma chama. Jamais delírio produzido pela mente mais perturbada seria capaz de criar algo tão selvagem, aterrador, infernal, quanto à forma escura e as feições selvagens que haviam irrompido diante de nós da parede de neblina.
Com longos saltos, a enorme criatura negra ai correndo pela trilha, ganhando espaço nas pegadas de nosso amigo. Tão paralisados ficamos com a aparição, que quando vimos ela já havia passado. Assim que recuperamos o autodomínio, Holmes e eu disparamos nossas pistolas ao mesmo tempo e pelo uivo pavoroso que o animal soltou percebemos que havia sido atingido por pelo menos um dos disparos. Nem por isso, porem, ele interrompeu sua carreira, perseguindo sempre na mesma direção. Ao longe, na trilha, vimos sir Henry a olhar para trás com o rosto branco ao luar, as mãos para cima num gesto de pavor, com os olhos fixos naquela coisa medonha que vinha em seu encalço.
Mas o grito de dor que o animal havia soltado desfizera todos os nossoa temores. Se era vulnerável, era mortal; e se havíamos conseguido feri-lo, também seríamos capazes de matá-lo. Jamais vi homem correr como Holmes correu aquela noite. Dizem que sou rápido na carreira, mas ele deixou para trás assim como deixei para trás o minúsculo policial. Diante de nós, enquanto voávamos pela trilha, ouvíamos sir Henry gritar uma e outra vez. Também ouvimos o rosnado rouco do cachorro. Cheguei a tempo de ver o animal saltar sobre sua vitima, atirá-la ao chão e investir para sua garganta. Mas no instante seguinte Holmes já havia esvaziado cinco vezes o revolver no dorso da fera. Com um último uivo de agonia e uma abocanhada cruel para o espaço, esta rolou para um lado e ficou caída de costas agitando furiosamente as quatro patas para em seguida imobilizar-se sobre um dos flancos. Ofegante, inclinei-me e apoiei a pistola á cabeça horrenda, fosforescente, mas não foi necessário apertar o gatilho. O cão gigantesco estava morto.
Sir Henry jazia desacordado no local onde caíra. Desapertamos seu colarinho e Holmes murmurou uma prece de gratidão quando verificamos que não havia sinal de ferimento e que tínhamos conseguido chegar a tempo. As pálpebras de nosso amigo já estremeciam enquanto ele fazia um débil esforço para mover-se. Lestrade forçou um frasco de conhaque entre os dentes do baronete e em seguida dois olhos horrorizados olharam para nós.
- Deus meu! – murmurou. – O que era aquilo? O que era aquilo, em nome dos céus?
- Está morto, seja lá o que for – disse Holmes. – Liquidamos o fantasma da família de uma vez por todas.
O tamanho e a força da criatura que jazia a nossos pés já a transformava em alto terrível. Não era um mastim puro, não era um sabujo puro; aparentemente era uma mistura dos dois – esguio, selvagem e do tamanho de uma pequena leoa. Mesmo agora, na imobilidade da morte, as mandíbulas imensas pareciam gotejar uma chama azulada e os pequeninos olhos cruéis, profundos, tinham uma moldura de fogo. Coloquei a Mao sobre o focinho incandescente, depois olhei meus próprios dedos luminosos que resplandeciam na escuridão.
- Fósforo – concluí.
- Um preparo muito bem feito á base de fósforo – disse Holmes, cheirando o animal morto. – Nenhum odor que pudesse interferir com seu sentido do olfato.
Temos que lhe pedir muitas desculpas, sir Henry, por tê-lo exposto a esse susto. Eu estava esperando um cão, não uma criatura dessas. E a neblina nós deixou com pouquíssimo tempo para recebê-la.
- O senhor salvou a minha vida.
- Mas primeiro a pus em perigo. O senhor está em condições de ficar em pé?
- Deixe- me tomar mais um bom trago daquele conhaque e estarei em condições de fazer qualquer coisa. Pronto! Agora me ajudem aqui, por favor. O que o senhor pretende fazer?
- Deixá-lo aqui mesmo. O senhor não está em condições de enfrentar mais aventuras esta noite. Se puder esperar, mais tarde um de nós irá acompanhá-lo até o solar.
Ele tentou ficar de pé, mas ainda estava extremamente pálido e todos os seus membros tremiam.com nosso auxílio sentou-se a uma pedra, trêmulo, com o rosto entre as mãos.
- Agora vamos ter que deixá-lo, sir Henry – disse Holmes. – Precisamos concluir nosso trabalho e cada segundo é importante. Já temos nosso caso, agora precisamos pegar nosso homem.
Conan Doyle. Tradução Eloisa Jahn.
O cão dos Baskerville. São Paulo, Ática, 1996


Dialogando com o texto....

1. A narrativa se estrutura de modo a criar um clima de expectativa e suspense.
a) Que momento da narrativa provocou mais medo e tensão em você?
b) O ambiente em que os fatos aconteceram ajudam a construir o clima da narrativa. Que efeito os elementos empregados na composição do ambiente – o banco móvel, a neblina, o luar, as sombras do nevoeiro – provocam no leitor?
c) Nesse local, encontra-se Sherlock Holmes, o narrador-personagem e Lestrade, um policial da região. As ações desses personagens ajudam a aumentar a atmosfera de medo. Como cada um reage á aparição do cão?
d) Quem é o narrador dessa história?
2. O narrador inicialmente refere-se ao cão como um ser fantástico, sobrenatural.
a) Transcreva o trecho que apresenta os elementos usados na descrição do animal, ajudando a mostrá-lo como uma criatura sobrenatural, irreal.
b) Que efeito a descrição do cão pretende causar no leitor?
c) Na descrição o narrador utiliza a palavra fera para ressaltar a crueldade do animal. Que outras expressões são utilizadas com a mesma intenção?
d) A que outro ser fantástico, sobrenatural ou sombrio a imagem do cão dos Baskerville remete?
3. Durante a narrativa, uma descoberta quebra o clima sobrenatural e misterioso existente até o momento.
a) O que Holmes e Watson descobrem sobre a criatura?
b) De que forma essa descoberta influencia a ação dos personagens e a condução da narrativa?
4. O detetive Sherlock Holmes elabora deduções que podem ajudá-lo na sua investigação e na identificação do criminoso.
a) Identifique o que ele descobre sobre:
- o aspecto incandescente e fantasmagórico do cão.
b) Ao descobrir que o cão fora preparado para parecer sobrenatural, o que Holmes deduz de imediato?
c) Com base nessas pistas, estabeleça hipóteses que possam ajudar Holmes a construir o perfil do criminoso. Comprove suas hipóteses com trecho do texto.
d) Quais seriam os prováveis motivos para o criminoso assassinar sir Charles Baskerville e ameaçar de morte seu único herdeiro, sir Henry?










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